terça-feira, 16 de agosto de 2011

Burgúndios


Burgúndios

Burgúndios ("os Montanheses"), são um antigo povo de origem escandinava. No baixo Império Romano, instalaram-se na Gália e naGermânia na qualidade de foederati ("federados" em latim). Tendo procurado se estender na Bélgica, foram abatidos por Aécio em 436 e transferidos para Saboia. De lá, eles se espalharam nas bacias do Saône e do Ródano. Foram submetidos pelos francos em 532 e seu território foi reunido à Nêustria. Deram seu nome à Borgonha.















Bibliografia

  • Bury, J.B. The Invasion of Europe by the Barbarians. (A Invasão da Europa pelos Bárbaros) London: Macmillan and Co., 1928.
  • Dalton, O.M. The History of the Franks, by Gregory of Tours. (A História dos Francos, por Gregory de Tours) Oxford: The Clarendon Press, 1927.
  • Drew, Katherine Fischer. The Burgundian Code. (O Código Borgonhês) Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1972.
  • Gordon, C.D. The Age of Attila. (A Época de Átila) Ann Arbor: University of Michigan Press, 1961.
  • Murray, Alexander Calder. From Roman to Merovingian Gaul. (Da Gália Romana à Merovíngia) Broadview Press, 2000.
  • Musset, Lucien. The Germanic Invasions: The Making of Europe AD 400-600. (As Invasões Germânicas: A Formação da Europa de 400 a 600 d.C.) University Park, PA: The Pennsylvania State University Press, 1975.
  • Nerman, Birger. Det svenska rikets uppkomst. Generalstabens litagrafiska anstalt: Stockholm. 1925.
  • Rivers, Theodore John. Laws of the Salian and Ripuarian Franks. New York: AMS Press, 1986.
  • Rolfe, J.C., trans, Ammianus Marcellinus. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1950.
  • Shanzer, Danuta. ‘Dating the Baptism of Clovis.’ In Early Medieval Europe, volume 7, pages 29-57. Oxford: Blackwell Publishers Ltd, 1998.
  • Shanzer, D. and I. Wood. Avitus of Vienne: Letters and Selected Prose. Translated with an Introduction and Notes. Liverpool: Liverpool University Press, 2002.
  • Werner, J. (1953). "Beiträge sur Archäologie des Attila-Reiches", Die Bayerische Akademie der Wissenschaft. Abhandlungen. N.F. XXXVIII A Philosophische-philologische und historische Klasse. Münche
  • Wood, Ian N. ‘Ethnicity and the Ethnogenesis of the Burgundians’. In Herwig Wolfram and Walter Pohl, editors, Typen der Ethnogenese unter besonderer Berücksichtigung der Bayern, volume 1, pages 53–69. Vienna: Denkschriften der Österreichische Akademie der Wissenschaften, 1990.
  • Wood, Ian N. The Merovingian Kingdoms. Harlow, England: The Longman Group, 1994.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Vikings


Vikings

 
O termo viking (do nórdico antigo víkingr) ou viquingues é habitualmente usado para se referir aos exploradoresguerreiroscomerciantes epiratas nórdicos (escandinavos) que invadiram, exploraram e colonizaram em grandes áreas da Europa e das ilhas do Atlântico Norte a partir do final do século VIII até meados do século XI.[1]
Esses vikings usavam seus famosos navios dragão para viajar do extremo oriente, como Constantinopla e o rio Volga, na Rússia, até o extremo ocidente, como a IslândiaGroenlândia e Terra Nova, e até o sul de Al-Andalus.[2] Este período de expansão viking - conhecidos como a Era Viking - constitui uma parte importante da história medieval da EscandináviaGrã-BretanhaIrlanda e do resto da Europa em geral.
As concepções populares dos vikings geralmente diferem do complexo quadro que emerge da arqueologia e das fontes escritas. A imagem romantizada dos vikings como bons selvagens germânicos começaram a fincar suas raízes no século XVIII e isso evoluiu e tornou-se amplamente propagado durante a revitalização viking do século XIX.[3] A fama dos vikings de brutos e violentos ou intrépidos aventureiros devem muito ao mito viking moderno que tomou forma no início do século XX. As atuais representações populares são tipicamente muitoclichês, apresentando os vikings como caricaturas.[3] Eles também fundaram povoados e fizeram comércio pacificamente. A imagem histórica dos vikings mudou um pouco ao longo dos tempos, e hoje já admite-se que eles tiveram uma enorme contribuição na tecnologia marítima e na construção de cidades.[1]

Etimologia

Hoje, de um modo um tanto controverso, a palavra viking também é usada como um adjetivo que se refere aos escandinavos da época; a população escandinava medieval é denominada frequentemente pelo termo genérico "nórdicos".
 
etimologia da palavra é um tanto incerta. A raiz da palavra germânica vik ou wik está relacionada a mercados, é o sufixo normalmente utilizado para referir-se a uma "cidade mercadora", da mesma forma que burg significa "lugar fortificado". Sandwich e Harwich, na Inglaterra, ainda mostram essa terminação, e Quentovic, a recém-escavada cidade portuária dos francos, mostra a mesma etimologia. A atividade mercantil dos vikings está bem documentada em vários locais arqueológicos como Hedeby. Há quem acredite que a palavra vikingvem de vikingr do nórdico antigo, língua falada pelos vikings, mas eles não se denominavam assim; este nome foi atribuído a eles devido ao seu significado: piratas, aventureiros ou mercenários viajantes. Os vikings são escandinavos, que por sua vez, são um povo germânico, sendo provenientes dos Indo-Europeus. Os vikings a partir do século VII começaram a sair da Escandinávia, indo para as regiões próximas, devido a uma superpopulação e até problemas internos, como no caso de Erik, o Vermelho que foi expulso da Noruega e daIslândia por assassinato, além da motivação pelo comércio e pelos saques das cidades européias. Os anais francos usam a palavra Normanni, os anglo-saxões os denominavam deDani, e embora esses termos certamente se refiram respectivamente aos noruegueses e dinamarqueses, parece que frequentemente eram usados para os "homens do norte" em geral. Nas crônicas germânicas eles eram denominados de Ascomanni, isto é, "homens de madeira", porque suas naus eram feitas de madeira. Em fontes irlandesas eles aparecem com Gall(forasteiro) ou Lochlannach (nortistas); para o primeiro eram algumas vezes adicionadas as palavras branco (para noruegueses) ou preto (para dinamarqueses), presumivelmente devido às cores de seus escudos ou de suas malhas.
Adam de Bremem, historiador eclesiástico germânico, afirmou, aproximadamente em 1705, que o termo viking era usado pelos próprios dinamarqueses. Ele escreve: "... Os piratas a quem eles [dinamarqueses] chamam de Vikings, mas nós [os germânicos] chamamos de Ashmen". Se a origem da palavra viking for escandinava deve ser relativa à vig (batalha), ou vik(riacho, enseada, fiorde ou baía). Se por outro lado, a palavra viking não for de origem escandinava, pode estar relacionada à palavra "acampamento" - do inglês antigo wic e do latimvicus.


 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O Reino Franco


O Reino Franco


O ano de 476 marca o fim do Império Romano do Ocidente. Em seu lugar encontramos a partir de então diversos Reinos Bárbaros. É verdade que esses reinos não surgiram ao mesmo tempo; desde o século 3º diversos povos bárbaros ocuparam partes do território romano. Os reinos formaram-se lentamente e de maneira desigual.
O Reino Franco tornou-se o mais importante e sua trajetória pode ser percebido desde seu início com Clóvis, considerado primeiro rei e iniciador da Dinastia Merovíngea. Sua política foi caracterizada pela unificação das diversas tribos francas, em um processo de centralização. A aliança com a Igreja Católica teve grande importância para o fortalecimento do poder real e para sua política de conquistas territoriais.

Após a morte de Clóvis o reino foi dividido e passou por um período de crises e disputas internas, período em que o poder real se enfraqueceu - daí a denominação de "reis indolentes" para os governantes desse período - ao mesmo tempo em que o poder do "Major Domus" (Prefeito do Palácio) se fortaleceu.Durante essa crise se destacaram Pepino de Heristal e posteriormente seu filho bastado, Carlos Martel. Na prática Carlos Martel governou como se fosse rei as regiões da Nêustria e Austrásia, obteve vitórias contra os saxões e povos da região do Rio Reno, porém seu feito mais importante foi a vitória sobre os muçulmanos na batalha de Poitiers, em 732.

A política interna e externa - de guerras - adotada por Carlos Martel garantiram a seu filho, , Pepino, o breve, força suficiente para assumir o trono, iniciando a Dinastia Carolíngea, oficialmente em 751.


A importância do reinado de Pepino III, o breve, residiu no fato de reunificar os povos e territórios francos, consolidar a aliança com a Igreja Católica ao combater os lombardos na Itália e centralizar o poder.

Os Reinos Bárbaros


Os Reinos Bárbaros

A Formação dos Reinos Bárbaros
A decadência do Império Romano do Ocidente foi acelerada pela invasão de povos bárbaros. Bárbaros era a denominação que os romanos davam áqueles que viviam fora das fronteiras do Império e não falavam o latim. Dentre os grupos bárbaros destacamos os: 

Germanos: de origem indo-européia, habitavam a Europa Ocidental. As principais nações germânicas eram: os vigiados, ostrogodos, vândalos, bretões, saxões, francos etc. 

Eslavos: provenientes da Europa Oriental e da Ásia, compreendiam os russos, tchecos, poloneses, sérvios, entre outros. 

Tártaro-mongóis: eram de origem asiática. Faziam parte deste grupo as tribos dos hunos, turcos, búlgaros, etc. 
   Os Germanos


 Entre os povos bárbaros, os germanos foram os mais significativos para a formação da Europa Feudal. 

A organização política dos germanos era bastante simples. Em época de paz eram governados por uma assembléia de guerreiros, formada pelos homens da tribo em idade adulta. Essa assembléia não tinha poderes legislativos e suas funções se restringiam à interpretação dos costumes. Também decidia as questões de guerra e de paz ou se a tribo deveria migrar para outro local. 

Em época de guerra, a tribo era governada por uma instituição denominada comitatus. Era a reunião de guerreiros em torno de um líder militar, ao qual todos deviam total obediência. Esse líder era eleito e tomava o título de Herzog. 

Os germanos viviam de uma agricultura rudimentar, da caça e da pesca. Não tendo conhecimento das técnicas agrícolas, eram seminômades, pois não sabiam reaproveitar o solo esgotado pelas plantações. A propriedade da terra era coletiva e quase todo trabalho era executado pelas mulheres. Os homens, quando não estavam caçando ou lutando, gastavam a maior parte de seu tempo bebendo ou dormindo 

A sociedade era patriarcal, o casamento monogâmico e o adultério severamente punido. Em algumas tribos proibia-se até o casamento das viúvas. O direito era consuetudinário, ou seja, baseava-se nos costumes. 

A religião era politeísta e adoravam as forças da natureza. Os principais deuses eram: Odim, o protetor dos guerreiros; Tor, o deus do trovão; e Fréia, a deusa do amor. Acreditavam que somente os guerreiros mortos em combate iriam para o Valhala, uma espécie de paraíso. As Valquírias, mensageiras de Odin, visitavam os campos de batalha, levando os mortos. As pessoas que morriam de velhice ou doentes iriam para o reino de Hell, onde só havia trevas e muito frio.

Os Reinos Bárbaros 
Devido à expansão do Império, a partir do século I, os romanos mantinham contato pacífico com povos bárbaros, principalmente os germanos. Muitos desses povos migraram para o Império Romano e chegaram a ser utilizados no exército como mercenários. 

Porém, no século V, os germanos foram pressionados pelos belicosos hunos. 

Os hunos, de origem asiática, deslocaram-se em direção à Europa e atacaram os germanos, levando-os a fugir. Estes, acabaram por invadir o Impéio Romano, que enfraquecido pelas crises e guerras internas, não resistiu às invasões e decaiu. No antigo mundo romano nasceram vários reinos bárbaros. 

"(...) Não têm eles (os hunos) necessidade de fogo nem de comidas temperadas, mas vivem de raizes selvagens e de toda espécie de carne que comem meio crua, depois de tê-la aquecido levemente sentando-se em cima durante algum tempo quando estão a cavalo. Não têm casas, não se encontra entre eles nem mesmo uma cabana coberta de caniço. Vestem-se panos ou peles de ratos do campo. (...) Nenhum cultiva a terra nem toca mesmo um arado. Sem morada fixa, sem casas, erram por todos os lados e parecem sempre fugir com as suas carriolas. Como animais desprovidos de razão, ignoram inteiramente o que é o bem e o que é o mal; não têm religião, nem superstições; nada iguala sua paixão pelo ouro." 

Dos reinos bárbaros que se formaram na Europa, os principais foram

Reinos dos Visigodos: situado na península ibérica, era o mais antigo e extenso. Os visigodos ocupavam estrategicamente a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico, que lhes permitia a supremacia comercial entre a Europa continental e insular. 

Reino dos Ostrogodos: localizam-se na península Itálica. Os ostrogodos se esforçaram para salvanguardar o patrimônio artistico-cultural de Roma. Restauraram vários monumentos, para manter viva a memória romana. Conservaram a organização político-administrativa imperial, o Senado, os funcionários públicos romanos e os militares godos. 

Reino do Vândalos: o povo vândalo atravessou a Europa e fixou-se no norte da África. Nesse reino houve perseguição aos cristãos, cujo resultado foi a migração em massa para outros reinos, provocando falta de trabalhadores, e uma diminuição da produção. 

Reino dos Suevos: surgiu a oeste da península Ibérica e os suevos viviam da pesca e da agricultura. No final do século VI, o reino foi absorvido pelos visigodos, que passaram a dominar toda península. 

Reino dos Borgúndios: os borgúndios migraram da Escandináva, dominaram o vale do Ródano até Avinhão, onde fundaram o seu reino. Em meados do século VI, os borgúndios foram dominados pelos francos. 

Reino do Anglo-Saxões: surgiu em 571, quando os saxões venceram os bretões e consolidaram-se na região da Bretanha. 

No processo de invasão e formação dos reinos bárbaros, deu-se ao mesmo tempo, a "barbarização" das populações romanas e a "romanização" dos bárbaros. Na economia, a Europa adotou as práticas econômicas germânicas, voltada para a agricultura, ode o comércio era de pequena importância. 

Apesar de dominadores, os bárbaros não tentaram destruir os resquícios da cultura romana; ao contrario, em vários aspectos assimilaram-na e revigoraram-na. Isso se deu, por exemplo, na organização política. Eles que tinham uma primitiva organização tribal, aodtaram parcialmente a instituição monárquica, além de alguns mecanismos e normas de administração romana. Muitos povos bárbaros adotaram o latim com língua oficial. Os novos reinos converteram-se progressivamente ao catolicismo e aceitaram a autoridade da Igreja Católica, à cabeça da qual se encontrava o bispo de Roma. 

Com a ruptura da antiga unidade romana, a Igreja Católica tornou-se a única instituição universal européia. Essa situação lhe deu uma posição invejável durante todo o medievalismo europeu
 
 

Migrações dos povos bárbaros


Migrações dos povos bárbaros


Na História da Europa, dá-se o nome de invasões bárbaras, ou período das migrações, ou a expressão alemãVölkerwanderung [fœlkervandəruŋ], à série de migrações de vários povos que ocorreu entre os anos 300 a 900 a partir da Europa Central e que se estenderia a todo o continente. A referência aos bárbaros, nome cunhado pelos gregos e que em grego antigo significava apenas estrangeiro, foi usada pelos Romanos para designar os povos que não partilhavam os seus costumes e cultura (nem a sua organização política),pode induzir alguns leitores, incorrectamente, na hipótese que as migrações implicaram violentos combates entre os migrantes e os povos invadidos. No entanto, a história provou que nem sempre assim foi, já que os romanos também eram chamados de "bárbaros" (estrangeiros) pelos gregos e os povos migrantes já coexistiam pacificamente com os cidadãos do Império nos anos que antecederam este período.
 
Destacam-se, neste processo, os Godos (originários do sudeste europeu), os Vândalos e os Anglos (da Europa Central), entre outros povos germânicos e eslavos. Os motivos que despoletaram estas migrações em todo o continente são incertos: talvez como reacção às incursões dos Hunos, pressões populacionais ou alterações climáticas.
Os historiadores modernos dividem este movimento migracional em duas fases. Na primeira, de 300 a 500, assistiu-se a uma movimentação de povos maioritariamente germânicos por toda a Europa, colidindo, portanto, com as várias regiões ocupadas pelo Império Romano. Foram os Visigodos os primeiros a eclodir com o Império — na verdade, os Visigodos foram inicialmente contratados para ajudar na defesa das fronteiras do Império, mas mais tarde seriam responsáveis pela invasão da península Itálica; de imediato, seguiram-lhes os Ostrogodos, liderados por Teodorico.
Na segunda fase, entre os anos 500 e 700, assiste-se ao estabelecimento progressivo dos Eslavos na Europa do Leste, tornando-a predominantemente eslava, num movimento iniciado pela ocupação da região da actual República Checa.
Os Búlgaros eram estabelecidos em Europa pelo século II. No século IV parte deles migrou do Cáucaso do Norte a Arménia. Em 632 estabeleceram a Grande Bulgária (Η παλαιά μεγάλη Βουλγαρία nos crónicas romanas) no território entre o Cáucaso e o Danúbio. No século VII Búlgaros migraram também à Baviera, à Península Itálica, à Panónia e à Macedónia. Em 681, o Império Búlgaro expandiu-se nos Balcãs ao sul de Danúbio, e no século IX era o berço do Eslavo Eclesiástico e alfabeto cirílico, que nos séculos subseqüentes foram espalhados aos estados europeus medievais tais como RússiaCroáciaSérviaValáquiaMoldávia, etc.
Já excluídos do período de migrações, mas ainda na Baixa Idade Média, formam-se ainda movimentos migratórios, nomeadamente o dos Magiares, para a Panónia, e, mais tarde, dosTurcos para a Anatólia e do Cáucaso (século XI), e ainda a expansão dos Vikings a partir da Escandinávia, ameaçando o recém-estabelecido Império Franco na Europa Central, porCarlos Magno. No século VIII, os árabes tentaram invadir o sudeste da Europa, mas foram derrotados por Khan Tervel de Bulgária e pelo imperador bizantino Leão III em 717, e desviaram sua expansão à península Ibérica.

terça-feira, 9 de agosto de 2011



Átila, o Huno


Átila, o Huno


Átila, o Huno (406453), também conhecido como Praga de Deus ou Flagelo de Deus,[1][2] foi o último e mais poderoso rei dos hunos. Governou o maior império europeu de seu tempo desde 434 até sua morte. Suas possessões se estendiam da Europa Central até o Mar Negro, e desde o Danúbio até o Báltico. Durante seu reinado foi um dos maiores inimigos dos Impérios romanos Oriental e Ocidental: invadiu duas vezes os Bálcãs, esteve a ponto de tomar a cidade de Roma e chegou a sitiar Constantinopla na segunda ocasião. Marchou através daFrança até chegar a Orleães, antes que o obrigassem a retroceder na batalha dos Campos Cataláunicos (Châlons-sur-Marne) e, em 452, conseguiu fazer o imperador Valentiniano III fugir de sua capital, Ravenna.
 
Ainda que seu império tenha morrido com ele e não tenha deixado nenhuma herança notável, tornou-se uma figura lendária da história da Europa. Em grande parte da Europa Ocidental é lembrado como o paradigma da crueldade e da rapina. Alguns historiadores, por outro lado, retrataram-no como um rei grande e nobre, e três sagas escandinavas o incluem entre seus personagens principais.