Migrações dos povos bárbaros
Destacam-se, neste processo, os Godos (originários do sudeste europeu), os Vândalos e os Anglos (da Europa Central), entre outros povos germânicos e eslavos. Os motivos que despoletaram estas migrações em todo o continente são incertos: talvez como reacção às incursões dos Hunos, pressões populacionais ou alterações climáticas.
Os historiadores modernos dividem este movimento migracional em duas fases. Na primeira, de 300 a 500, assistiu-se a uma movimentação de povos maioritariamente germânicos por toda a Europa, colidindo, portanto, com as várias regiões ocupadas pelo Império Romano. Foram os Visigodos os primeiros a eclodir com o Império — na verdade, os Visigodos foram inicialmente contratados para ajudar na defesa das fronteiras do Império, mas mais tarde seriam responsáveis pela invasão da península Itálica; de imediato, seguiram-lhes os Ostrogodos, liderados por Teodorico.
Na segunda fase, entre os anos 500 e 700, assiste-se ao estabelecimento progressivo dos Eslavos na Europa do Leste, tornando-a predominantemente eslava, num movimento iniciado pela ocupação da região da actual República Checa.

Já excluídos do período de migrações, mas ainda na Baixa Idade Média, formam-se ainda movimentos migratórios, nomeadamente o dos Magiares, para a Panónia, e, mais tarde, dosTurcos para a Anatólia e do Cáucaso (século XI), e ainda a expansão dos Vikings a partir da Escandinávia, ameaçando o recém-estabelecido Império Franco na Europa Central, porCarlos Magno. No século VIII, os árabes tentaram invadir o sudeste da Europa, mas foram derrotados por Khan Tervel de Bulgária e pelo imperador bizantino Leão III em 717, e desviaram sua expansão à península Ibérica.
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